
11 de novembro de 2025
·4 minutos
Em um mercado que muda mais rápido do que nunca, dominar um conhecimento técnico não é mais suficiente. A nova fronteira do sucesso está em transformar expertise em marca, e marca em negócios escaláveis.
Esse foi o eixo da Masterclass “Do Conhecimento à Marca”, promovida pelo GVAngels e Alumni FGV EAESP, que reuniu profissionais de diferentes áreas para discutir um dos temas mais urgentes da atualidade: como fazer o conhecimento trabalhar por você e não o contrário.
Na abertura da Masterclass, Eduardo Camargo, Head Fintech da Juntos Cash e MBA Link, apresentou um diagnóstico claro: a maior parte dos profissionais altamente especializados ainda vive presa a um modelo que os impede de escalar: “o problema não é você. É o modelo. E o modelo é você ser o produto", reforça.
Segundo Eduardo, o mercado está repleto de profissionais de excelência técnica que vendem horas, e não valor. Eles são o próprio negócio: o marketing depende deles, o financeiro depende deles, o crescimento depende deles. É o ciclo da autoexploração do conhecimento.
O caminho para quebrar esse ciclo é o da sistematização da expertise, criando produtos, plataformas, comunidades ou métodos que permitam monetizar o saber sem depender exclusivamente da execução individual.
Eduardo apresentou um framework simples, mas poderoso, que explica como transformar conhecimento técnico em um negócio que gera impacto e escala. O processo passa por três dimensões:
O primeiro passo é liberar tempo. Automatizar, delegar e organizar tarefas para sair da operação e abrir espaço para a criação. Para ele, “Você só deve fazer o que só você sabe fazer.”
Construir audiência e autoridade antes mesmo de ter um produto. Validar dores reais, criar comunidades, palestrar, escrever, ou seja, distribuir valor para testar o interesse do mercado.
Por fim, transformar a expertise em um modelo de negócios validado: um método, produto ou serviço que possa ser replicado. É o momento de pensar em funding, parcerias e escala. Esse ciclo de eficiência, distribuição e validação, é o que permite transformar o saber técnico em um ativo empresarial. O que antes era o seu ofício, torna-se um sistema.
Para ilustrar esse processo, dois cases apresentados na Masterclass mostraram que o conhecimento, quando bem aplicado, pode gerar negócios que unem propósito, estética e eficiência.
Com mais de 20 anos de história e mais de 560 projetos realizados, a Nuque nasceu do desejo de criar acolhimento, incentivar conexões e proporcionar bem-estar por meio do design.
A mudança de nome e posicionamento, inspirada no termo mapuche Kuyén Ñuque (lua cheia e mãe ancestral), representa a evolução de uma marca que une ancestralidade, força e sabedoria, valores que se materializam em cada espaço criado. Segundo Paity Piemonte, Diretora de Marketing e Growth da empresa, “Arquitetura é mais do que desenhar espaços. É gerar conexões, materializar histórias e construir legados".
Ao transformar sua expertise técnica em uma narrativa de marca, a Nuque elevou seu posicionamento e consolidou sua autoridade em um segmento competitivo, provando que conhecimento com propósito é um ativo de marca.
A Minimal Design é outro exemplo de como transformar um olhar técnico em um conceito de negócio. A marca nasceu da pergunta: por que o escritório precisa ser frio?
Da resposta surgiu o movimento “home no office”, que inspira mobiliários com conforto, acolhimento e estética funcional, unindo ergonomia e lifestyle. Com design contemporâneo e produção nacional, a Minimal transformou o que antes era apenas mobiliário em uma experiência.
Seu diferencial não está apenas na forma, mas na filosofia: levar a alma da casa para o trabalho. É conhecimento técnico transformado em uma linguagem de marca que emociona e conecta.
Os três exemplos, Eduardo, Nuque e Minimal, convergem para a mesma mensagem: o futuro pertence a quem entende que o conhecimento não é um fim, mas o começo de algo maior.
Transformar expertise em marca é compreender que autoridade não se constrói apenas com diplomas ou entregas, mas com propósito, clareza e posicionamento. É deixar de ser o produto e passar a criar produtos; deixar de atender clientes e começar a inspirar comunidades. Em um ecossistema que valoriza inovação, propósito e impacto, o profissional que aprende a escalar seu conhecimento não só prospera, ele lidera a transformação.
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